A luz pode ser ‘vista’ de várias perspectivas.
Pela ‘visão’ da Física e da Química, torna-se uma manifestação de uma perturbação electromagnética e estuda-se o seu comportamento na interação com a matéria; pela ‘visão’ da Biologia, torna-se a manifestação da visão e da comunicação entre seres vivos; pela ‘visão’ da Geologia, a manifestação da beleza dos minerais, gemas e metais.
Pela ‘visão’ da Arquitetura, torna-se a estética das formas, texturas e volumes; pela ‘visão’ da Medicina, o olhar do interior do corpo e do estado físico; pela ‘visão’ da Engenharia Civil, o funcionamento dos equipamentos do edificado; pela ‘visão’ da Engenharia Eletrotécnica, a orientação de máquinas, comunicações, bem-estar de povoações; pela ‘visão’ da Astronomia, o estudo do Universo.
Pela ‘visão’ das artes do Espetáculo transmite emoções e a interpretação da vida; pela ‘visão’ da Arte retrata o ser humano, a sua vida, os seus dramas e sonhos; pela ‘visão’ da Literatura o ser humano descreve-se a si próprio e ao mundo.
Pela ‘visão’ da História e da Geografia percebe-se o mundo e a evolução da Humanidade; pela ‘visão’ da Psicologia, entra-se no interior do ser humano e nas suas características e comportamentos; pela ‘visão’ da Filosofia tenta-se descobrir a razão das coisas e do próprio ser humano na sua relação com o Universo e a sua origem última; pela ‘visão’ da Religião descobre-se Deus.
Nesta época de Páscoa, a caminho do Pentecostes, percebemos melhor o significado de ‘luz’, uma vez que conseguimos ‘ver’ para lá da ‘luz’ que nos revela apenas os objetos, a ‘luz’ que nos revela os sentimentos das pessoas, a luz que nos revela a existência de Deus.
Vemos o Caminho que Cristo nos mostrou, através do Espírito, que nos leva ao Pai como filhos e participantes da Sua divindade, bem presente no Cristo ressuscitado.
No Pentecostes, o Espírito iluminou os Apóstolos, de modo que passaram a ‘ver’ de modo muito diferente… Abramos o nosso coração e descobriremos o Espírito e começaremos a ver.