500 anos da viagem de Fernão de Magalhães (1519-1522)
Finalmente, o Pacífico
O que num primeiro momento parecia ser uma passagem relativamente simples e rápida acabou por converter-se num longo caminho, onde a desilusão, o descrédito e a vontade de desistir pareciam ter ganho a partida. Não foi, contudo, assim. Apesar das muitas dificuldades, os navegadores não desistiram e, finalmente, avistaram a terra que tanto tinham procurado.
Esta entrada no Pacífico pode bem servir-nos de orientação para a ‘navegação’ que hoje somos chamados a fazer como comunidade global. As dificuldades parecem avolumar-se, há por vezes a vontade de voltar para trás ou de cada um ir por si, mas o que temos de perceber é que a jornada na qual nos encontramos exige o compromisso de não desistir.
Há 500 anos, abriram-se novas rotas e descobriram-se ‘novos mundos’. Hoje, como então, temos de continuar a acreditar que outro mundo é possível, no encontro e diálogo entre as diversas tradições religiosas e culturas, na erradicação do que é indigno do humano, na procura do bem-comum.
Neste terceiro momento da viagem de Fernão de Magalhães e Sebastian Elcano navegamos pelo Pacífico:
- Oceano Pacífico – Francisco Vaz
- Globalização económica, economias emergentes, economia parasitária – Américo Pereira
- Encontro de religiões – Giuseppe Bertazzo
- O essencial é visível aos olhos – Inês Espada Vieira
Foto da capa: Mapa do Oceano Pacífico com a caravela Victoria. Abraham Ortelius, 1589. https://commons.wikimedia.org