Ao acordar, nem sempre o humor é o melhor. O sono não foi suficientemente longo ou profundo, as preocupações ampliaram-se no silêncio da noite e criaram-nos ansiedade… Porém, quando ouvimos uma boa música, ou um ‘bom dia’ simpático, ou quando recebemos um sorriso de alguém, tudo se dissipa e a importância das coisas retoma o seu devido lugar.
Mesmo que não tenhamos alguém que nos possa dar esses ‘mimos’ logo de manhã, podemos recorrer à lembrança dos que nos são queridos. Também pela oração, podemos ‘ganhar o dia’, pela proximidade e orientação que temos ao lembrar os caminhos que Jesus nos ensinou a trilhar.
Quando saímos de casa, vamo-nos cruzando com pessoas e animais e plantas e coisas. Estamos atentos ao que nos rodeia? Por que não observar tudo isso, incluindo o céu, mesmo que nublado? E as pessoas que passam por nós, o que nos podem dizer sobre a vida? Irão distraídas, ensimesmadas, sorridentes, preocupadas…
Já reparei muitas vezes que há pessoas que têm naturalmente um rosto sorridente, outras um rosto sofredor, outras um rosto hirto e indiferente. E eu, como apresento o meu rosto? Se me observar ao espelho, nem sempre apresento a minha real imagem ou a que os outros vêem, mas se observar algumas fotografias em que eu apareço, sem ter feito ‘pose’, talvez consiga observar a minha verdadeira ‘imagem’, o meu rosto natural.
O que fará as pessoas terem um sorriso latente? Algo as moverá por dentro, mesmo sem darem conta…
Se olhar para os outros sem pré-conceitos, talvez consiga perceber porque é que o rosto que apresentam tem aquela aparência… O que se passará no seu íntimo que a motiva? Posso assim compreender um pouco melhor os outros e sobretudo abrir-me aos seus problemas e alegrias, tornando-me próximo ou sendo contagiado.
Vale sempre a pena ter um sorriso ou um simples olhar para os outros, independentemente de eles o terem ou não, pois é assim que se estabelecem as relações. A maior parte das vezes é quanto basta… Quando assim faço, sou mais feliz e consigo ver-me ao espelho com mais serenidade e aceito-me melhor nas minhas fragilidades.