São vários os atributos de Santo António que nos permitem identificar imediatamente a sua imagem. São elementos que foram sendo acrescentados ao longo dos séculos e que participam na construção da representação de um dos santos mais populares em todo o mundo.

“Si Quaeris Miracula 13 Giugno 1938” e oração no verso, Itália, 1938. Doação José Pinto de Aguiar. Museu de Lisboa | Santo António MA.IMP. 0858
Santo António é normalmente apresentado como um jovem imberbe (reforçando a ideia de que morreu jovem), com a tonsura tradicional dos frades, envergando o hábito franciscano cingido com um cordão de três nós associados aos votos proferidos pelas ordens religiosas (pobreza, castidade e obediência), descalço ou com umas simples sandálias.
Tem na mão um livro, sinal da sua sabedoria, e em França e Itália surge por vezes representado com uma chama na mão, iconografia que não foi adotada em Portugal. Tem ainda um crucifixo, sinal do carácter cristocêntrico franciscano, e o Menino Jesus ao colo ou sentado no livro, imagem que se generalizou desde finais do século XVI. Já no século XIX surge por vezes com um alforge, a distribuir pão aos pobres.
Outro elemento distintivo da sua imagem é a presença dos lírios ou das açucenas. Iconograficamente as açucenas (lírio-branco ou bordão-de-são-josé) estão também associadas a São José, mas em Santo António usa-se frequentemente a designação genérica de lírio, denominação que na verdade pode significar duas plantas com flores diferentes: açucena é o nome comum da espécie Lilium candidum da família das Liliacea e a planta a que vulgarmente chamamos lírio, pertence à família das Iridaceae, que incluem as plantas do género Iris sp.
Com Santo António é utilizado indiferentemente a designação lírio e açucena, mas ambas simbolizam a pureza e a virgindade, atributos conferidos tanto a Santo António como a São José e a Nossa Senhor
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