No dia 4 de outubro, festa de S. Francisco de Assis, partiu da praça de São Pedro, em Roma, o Climate Pilgrimage – iniciativa do Global Catholic Climate Movement – rumo a Katowice, Polónia, onde, de 3 a 14 de dezembro, se realizou a Conferência das Nações Unidas sobre o clima.
Vindos de todo o mundo, unidos pela fé e pelo amor pela Casa Comum e guiados pela Encíclica do Papa Francisco Laudato si’, percorreram a pé cerca de 1500 Km para levantar uma voz profética e pedir aos governantes do mundo ações para proteger a Terra das mudanças climáticas que estamos a provocar.
O Papa Francisco, quando publicou, em 2015, a Encíclica Louvado sejas, falou da urgência de uma intervenção sobre a “Casa Comum” e sugeriu uma “ecologia integral”, que englobasse a dimensão ambiental, económica e social.
Começámos o novo ano sob a égide da Estrela de Belém, o acontecimento maravilhoso, mas, também, escandaloso, da encarnação do Filho de Deus. Neste mistério, descobrimos quão grande é o amor de Deus pelas suas criaturas, mas, também, quão grande é a nossa responsabilidade em relação a todas elas, inclusive a Mãe Terra.
Quem coloca no centro da sua fé o Homem-Jesus, não pode respeitar a Deus sem respeitar toda a criatura. Na mensagem do Dia Mundial da Paz o Papa afirma:
A política é um meio fundamental para construir a cidadania e as obras do homem, mas, quando aqueles que a exercem não a vivem como serviço à coletividade humana, pode tornar-se instrumento de opressão, marginalização e até destruição.
Se o Filho do Homem, uma vez descido à terra, nunca mais nos deixa sozinhos e à mercê das forças do mal, significa que o nosso olhar não deve ficar triste e abatido por tanta desgraça que se vê por todo o lado.
Deve, antes, ser purificado para poder continuar a ver a beleza do Deus-connosco e a lutar para que todas as situações de morte possam ser vencidas pela luz de Belém e pela ressurreição de Cristo.
Próspero ano novo!