Um artigo de Inês Santos e Gonçalo Oliveira
O especial de maio enquadra-se no entrelaçado tritemático “Jovens, Sociedade e Igreja”. Este surge ligado à Jornada Mundial da Juventude e da recordação que vivemos tempos de sinodalidade. Criar uma sinergia positiva entre os Jovens, a Sociedade e a Igreja é uma tarefa verdadeiramente desafiante e imprescindível. Como animadores e antigos animandos de vários grupos de jovens, vemos a educação, o companheirismo e o testemunho de fé como grandes pilares para o caminho da formação cristã.
Precisamos de jovens alegres, saudáveis e que assumam, nos seus corações, os valores cristãos do amor de Deus em tudo o que fazem no dia-a-dia e em sociedade. Para arrancar neste caminho temos de conhecer as várias realidades que moldam os mais novos.
Foi neste ímpeto que convidámos três pessoas a dar o seu testemunho de missão junto de jovens com contextos muito díspares − uns mais privilegiados, outros em que a sociedade lhes falhou e outros que, na sua simplicidade, conseguem encontrar Deus.
Em primeiro lugar, vamos conhecer o testemunho da Helena. Ela partilha alguns momentos e lições que a ajudaram a crescer e influenciaram a sua decisão de retribuir através da animação e da catequese. Fala ainda do que sentiu durante estes anos e de como encontra grande alegria ao ver os seus animandos crescer.
Em segundo lugar, o Pedro Ivo vai falar-nos de uma realidade muito pouco conhecida e muitas vezes ignorada. Ao lado da Igreja de Santo António dos Olivais situa-se o Centro Educativo dos Olivais (CEO), pelo qual passam muitos jovens que, não tendo idade para cumprirem penas de prisão, são colocados nestes centros de modo a serem educados e reeducados a viver em sociedade.
Em terceiro e por último, a Rita, que é missionária há 24 anos, conta-nos a experiência de trabalhar, no último ano e meio, com jovens filipinos, japoneses e sul-coreanos. Ela relata a virtude que se encontra em cada um de nós e que é independente de qualquer riqueza material.
Esperemos que estes testemunhos sejam para os leitores, como o são para nós, catalisadores à mudança e melhoria da sociedade e da Igreja que nos rodeiam,