2022 caminha para a sua completude… são tempos de incerteza, como no tempo de Isaías, como no tempo de Jesus. Mas nas trevas irrompe a luz e o Reino de Deus faz-se próximo. 2023 vai ser o tempo favorável para acolher os dons com que o Senhor sempre nos abençoa: a justiça e a sua filha a paz; o amor transbordante e seus irmãos o perdão e a misericórdia; a alegria que brota da esperança que nos sustém com suas irmãs a serenidade e a confiança.
Já nasceu o bebé 8 000 milhões e o seu nome está gravado na palma das mãos de Deus, bem como o nome de cada um nós. Deus não desiste do seu sonho de transformar toda a humanidade numa só família de irmãos e irmãs, num mundo reconciliado de justiça e de paz; cabe-nos a nós acolher e realizar o sonho de Deus com gestos concretos como os da Associação R3C – Rede Cuidar da Casa Comum.
Seremos luz como Chiara, com menos prendas, seremos nós o presente e a imensidão de Deus manifestar-se-á na fragilidade humana, se tivermos a ousadia de sonhar com as mãos, pois só o amor nos faz correr e só o amor nos faz ficar, tornando-nos mais humanos. Assim redescobrimos, com a ajuda das crianças, a força dos símbolos do Natal., num Especial que se conclui com uma receita de bolo rei para experimentar a quatro mãos.
E porque se aproxima a JMJ 2023 vamos adotar o mote “mi casa es su casa” e acolher, no conforto das nossas casas e das nossas paróquias, peregrinos de todo o mundo, pois só amor poder vencer o mal e acolher até mesmo as vidas desastradas de tantos irmãos e irmãs , como nos ensina António, esse grande buscador da verdade e promotor da justiça.
Disto e muito mais é feito este Mensageiro de Santo António que termina com um excerto de um poema de Almeida Garrett:
Por isso os reis da terra inda nos contam
Escravos às manadas;
Por isso, em vão, do jugo, sacudimos
As cervizes chagadas.
Porque não temos fé, não temos crença,
E a Cruz abandonámos