Chamados à santidade

Quando se fala de santidade, muitos de nós pensamos: “não é coisa que me diga respeito!”. É uma reação que surge espontânea face àquela que foi, por largo tempo, uma errada visão da santidade.

Nestes últimos tempos, o Magistério da igreja e, em especial, o Papa Francisco, têm vindo a ocupar-se dos “santos ao pé da porta”, isto é, da santidade vivida por pessoas normais, no quotidiano da nossa vida: “Nos pais que criam os filhos com tanto amor, nos homens e mulheres que trabalham a fim de trazer o pão para casa, nos doentes, nas consagradas idosas que continuam a sorrir”. Quer dizer, a santidade é seguir Jesus, com generosidade e fidelidade, conforme a vocação que cada um recebeu.

O “rosto mais belo da Igreja” é o resultado dos dons do Espírito que, semeados no coração de cada homem e mulher, são acolhidos com gratidão e humildade e dão fruto na perseverança.

O Papa Francisco, na Exortação Apostólica Alegrai-vos e exultai sobre o chamamento à santidade no mundo atual, quer desfazer as falsas imagens da santidade que se têm vindo a pintar, e propõe uma santidade profundamente “humana”, ao ponto de afirmar – com León Bloy – “Na vida, existe apenas uma tristeza: a de não ser santo”.

Por isso, Francisco quer tirar todos os medos em relação à santidade, afirmando que ela “não tira forças, nem vida, nem alegria; pelo contrário, ajuda-nos a sermos fiéis àquilo que somos”.Mais ainda, “cada cristão, quanto mais se santifica, tanto mais fecundo se torna para o mundo”.

Eis, portanto, o critério que nos acompanhou na elaboração deste calendário: recordar a todos que, na nossa vida, devemos “apontar para mais alto, deixar-nos amar e libertar por Deus”. Desta forma seremos verdadeiramente felizes e faremos felizes, também, os outros.

Sendo doze os meses do ano, fomos obrigados a escolher, apenas, alguns rostos desta santidade. Por isso, sugerimos que, quando nos olharmos ao espelho, não nos esqueçamos de dizer: “Também eu, sou chamado a ser santo!”.

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