O Papa Francisco celebrou o casamento de Paula e Carlos, comissários de bordo da companhia aérea principal do Chile, no avião Airbus 312, na viagem de Santiago para Iquique. Eles disseram ao Papa que estavam casados pelo civil desde 2010 e que a cerimónia religiosa havia sido cancelada devido ao terramoto que nessa mesma data destruiu o campanário da igreja onde iriam casar. Paula e Carlos têm dois filhos: Rafaela, de 6 anos, e Isabela, de 3 anos.
O Papa perguntou-lhes então se eles se amavam e queriam celebrar o sacramento do matrimónio ao que eles prontamente responderam “Sim!”.
O Papa disse-lhes: “Este é o sacramento que está faltando no mundo, o sacramento do amor. Oxalá este meu gesto possa motivar outros casais a celebrar o sacramento do matrimónio. Vou casar-vos aqui por esse motivo”.
Um oficial do Vaticano preparou apressadamente um certificado de casamento escrito à mão, afirmando que os dois haviam consentido no sacramento do casamento, em 18 de janeiro, e que Francisco celebrara o casamento a bordo do avião de Santiago para Iquique.
Paula explicou depois aos jornalistas que Francisco lhes dera alguns conselhos: “Os anéis de casamento não devem ser muito apertados, caso contrário serão uma tortura, mas se eles estiverem demasiado largos, irão cair”.
O gesto do Papa é um sinal profético que nos remete para o essencial, nos desassossega e nos convida a todos a ler com mais atenção a exortação apostólica Amoris Laetitia (Alegria do Amor).
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