Não é preciso fazer outra Igreja;
é preciso fazer uma Igreja diferente
“Não é preciso fazer outra Igreja; é preciso fazer uma Igreja diferente”. Ao recordar estas palavras do Pe. Yves Congar (1904 -1995, Dominicano, Professor de Eclesiologia, Consultor do Concílio Vaticano II), o papa Francisco, no momento de reflexão para o início do percurso sinodal (9 de outubro de 2021), identifica bem qual o grande objetivo da caminhada sinodal a que toda a Igreja se encontra convocada.
O desafio que somos chamados a responder é mesmo este: por uma Igreja diferente, aberta à novidade que Deus lhe quer sugerir.
As palavras-chave do Sínodo − comunhão, participação, missão − que são expressões capazes de traduzir com acerto aquilo que a Igreja é chamada a ser, apontam-nos o caminho a percorrer para alcançar o referido objetivo.
A comunhão exprime a própria natureza da Igreja, a missão indica-nos qual a sua razão de ser, a participação lembra-nos de que modo se edifica e consolida a natureza da Igreja e se vive e concretiza a missão. Como já tive a ocasião de escrever nesta mesma revista, estou cada vez mais convicto de que a sinodalidade não é na Igreja uma simples metodologia, mas um modo de ser. Deste modo, a Igreja é desafiada não só a praticar a sinodalidade, mas principalmente a ser sinodalmente.

Porque este caminho nos parece verdadeiramente fundamental, partilhamos com os nossos leitores, neste especial, algumas reflexões que nos possam ajudar a ser uma Igreja diferente. Uma Igreja que escuta a voz do Espírito na escuta da vida concreta das pessoas; uma Igreja de proximidade, que não se alheia da vida e que quer cuidar da Humanidade e da nossa Casa Comum, no fundo, uma Igreja Sinodal.
Escutar com o ‘ouvido’ do coração | Inês Espada Vieira |
Caminhar em conjunto | Francisco Vaz |
Sinodalidade da Igreja como comunidade em caminho | Américo Pereira |
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