No dia 1 de março de 2020, pelas 16:00 horas, na Sala do Capítulo, do Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, teve lugar o terceiro dos “Diálogos com António”, sobre a temática “A Economia de Francisco”, tendo como ponto de partida o pensamento e a ação de Santo António no seu tempo, bem como o evento com o mesmo nome convocado pelo Papa Francisco para Assis, de 26 a 28 de março, e entretanto adiado para 21 de novembro de 2020, devido ao COVID-19.












Santo António, nos seus sermões, teve palavras muito duras, contra aqueles que praticavam a usura e esteve sempre ao lado dos mais pobres e dos mais frágeis contra aqueles que utilizavam o seu estatuto de poder para oprimir e praticar a injustiça.
Neste Diálogo com António sobre a temática Economia de Francisco, foram dialogados, entre outros, os seguintes temas: uma economia que mata, a falta de acesso a bens essenciais como a educação ou o trabalho digno, a crescente desigualdade na repartição da riqueza, a pobreza extrema de milhões de pessoas, a ecologia integral. Os convidados partilharam connosco as suas diferentes experiências e a sua reflexão sobre os desafios que se colocam às empresas, às organizações e às pessoas, para que a economia seja justa, fraterna, sustentável e com um novo protagonismo de quem hoje está excluído.
Paulo Rocha, diretor da Agência Ecclesia, moderou o Diálogo. Os convidados falaram cada um da sua experiência no terreno e nas organizações.
Teresa Paiva Couceiro, diretora da Fundação Gonçalo da Silveira, uma ONGD dos Jesuítas que procura um mundo mais justo e humano, onde todos vivam dignamente em liberdade e equidade, em harmonia e respeito pela natureza, falou-nos da sua experiência de voluntariado em Moçambique e de como o desenvolvimento não é algo que se possa exportar ou impor, mas tem que ser construído localmente, atendendo as especificidades de cada comunidade.
Carlos Farinha Rodrigues, Professor do ISEG da Universidade de Lisboa, especialista em questões ligadas ao combate às desigualdades e à erradicação da pobreza, falou-nos das mudanças de governança que já ocorrem em algumas empresas, do papel dos colaboradores e dos consumidores nessas mudanças, bem como de novas formas de organização do trabalho e do emprego que forçosamente irão emergir, de modo que a economia não seja uma economia que mata e oprime, mas uma economia que liberta o potencial humano de cada um.
Ricardo Zózimo, professor assistente na NOVASBE de Carcavelos, falou-nos da sua experiência na equipa que está a assistir os jovens a organizar o encontro de Assis sobre a Economia de Francisco e de como os percursos de aprendizagem e a investigação se podem transformar em ferramentas e experiências concretas que lançam sementes de novas formas de empreender e organizar as empresas e as organizações.
Francisco Piedade Vaz (docente na Universidade Católica Portuguesa) foi o coordenador destes Diálogos, como colaborador do Mensageiro de Santo António e será o responsável por um Especial nesta revista sobre a mesma temática, a sair na edição de setembro 2020.
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